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domingo, 3 de outubro de 2010

A Lei do Silêncio ?

Texto de Marcos Leon, para posteriores comentários de Celso Goldfarb.

A questão do silêncio pela qual o Iniciado deve guardar sob quaisquer circunstâncias, de certa maneira está ligada não somente às implicações que isto pode gerar entre os profanos e nos mais diversos mundos, seja ele físico ou não , mas também, se apresenta como algo fundamental, condicional em relação ao próprio Iniciado.
Primeiro que, grandes segredos como os alquímicos mais profundos, entre outros, são experiências e lições internas, íntimas e que dizem respeito a princípio somente ao próprio Iniciado. Claro que idéias e algumas experiências, assim como alguns segredos podem ser compartilhados entre Irmãos de mesma Ordem, por exemplo,ou simplesmente entre pessoas de tal elevada afinidade, mas as razões disso, renderiam outro texto, que posso tentar abordar em outra oportunidade.
O que me refiro, é que estas experiências, sobretudo, dizem respeito ao próprio controle de si, que um Iniciado deve ter, principalmente, para que possa ver por si mesmo, estes mesmos segredos. Então, estou aqui, claramente enfatizando os aspectos internos da "Lei do Silêncio", e, como já mencionei, os aspectos externos podem ser estudados melhor posteriormente.
Conforme um maçom ou qualquer outro Iniciado de uma Ordem Espiritual séria, se eleve (no entendimento e não necessariamente no grau físico que lhe corresponda socialmente), este passará das fases não somente do aprimoramento do intelecto e da moral, mas principalmente das ações e também das práticas (extrema importância) que marcam a vida de quem de fato, escolheu a senda do caminho reto.
As alterações não só de consciência, como também visíveis no próprio corpo (seu templo) serão sentidas e percebidas por ele mesmo e naturalmente pelos demais na sociedade (família, amigos, grupos,etc). Em suma, acarretará na melhora em todos os sentidos (a chamada evolução) do Iniciado como ser, sendo então notado por todos, o que pode servir como referência de comportamento, assim como também pode despertar a atenção de uma maneira, digamos... indevida por parte de membros da sociedade em geral, o que pode ser percebido entre as pessoas comuns do dia-a-dia, em razão deste comportamento se distanciar cada vez mais das massas, ou seja, o indivíduo começa de fato, a se iluminar. Ao se diferenciar destas massas, as reações por parte do homem comum (verdadeiro profano) são imprevisíveis ( na verdade esperadas) ,sendo quase sempre em razão da ignorância em relação a este estado energético que o homem Iniciado alcançou, uma reação de oposição ou hostilidade, na melhor das hipóteses, posição de neutralidade e alegação simples de desconhecimento, o que é uma verdade, pois o profano sequer imagina que exista tal senda da Iniciação. O Iniciado ao se iluminar, passa por purificações, testes e provas, que servirão de parâmetros e como motor de sua elevação/iluminação, que quase sempre acarretam em dúvidas profundas, crises de existência, necessidade de fortalecimento psicológico, etc e que na medida em que se ilumina mais e mais, começa a iluminar indiretamente e posteriormente, nos graus mais elevados (caso se concretize de fato esta elevação) passa então a iluminar mais diretamente a sociedade, o que pode direta ou indiretamente ( em termos de egrégora, evolução coletiva) causar os mesmos efeitos verificados em si, o que geraria (mesmo que inconscientemente por parte das massas) um mal estar aparente, só aparente, pois quem entenderia que as provações, os desgostos, as desilusões são coisas boas, que nos defrontamos para sermos seres melhores e que o real significado é que vençamos estas provas para sermos de fato Filhos do G.’.A.’.D.’.U ( potencial nos já temos) e manifestarmos a justiça e a perfeição ?

Então, a receptividade destas reações por parte do Iniciado, é que faz grande diferença na evolução pessoal e uma das razões do Silêncio ser mantido, entre várias. Os centros de energia vital, os vórtices de diversas freqüências de interação entre estes mundos energéticos desde o físico aos supra-físicos (alusão aos chakras) precisam funcionar de maneira correta e sincronizada entre eles, para que esta evolução seja potencializada. O fato de não silenciar, impede a reflexão, impede a quietação da mente, impede que a consciência seja formada, quando a ciência sobre determinada questão venha em forma de resposta após devida meditação. A evolução começa no domínio sobre a mente, no poder de concentração, para somente depois dominar a si por completo, incluindo o próprio corpo e as paixões (sentimentos e atitudes). Só com este domínio em franco desenvolvimento é que é possível “construir” um novo templo, ou seja, um Iniciado que vislumbra a possibilidade real de sair da Roda das Encarnações, pelo próprio esforço, pelo sacrifício, enfim...
Vimos então, que o silêncio é condição “sine qua non” em determinadas etapas da Iniciação, e que sem ele, não se alcança vôos mais altos, o caminho reto, que pode ser entendido também, como a subida verticalizada na árvore da vida. O livro, “ A Voz do Silêncio ", de Helena Petrovna Blavatsky, diz muito sobre isto, ainda que de uma maneira velada, como tantos outros livros...

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